Animais ameaçados de extinção voltam a frequentar parque no Paraná

Animais ameaçados de extinção voltam a frequentar parque no Paraná
Foto: Governo do Estado do Paraná | Reprodução

Alguns animais ameaçados de extinção foram vistos no Parque Estadual de Vila Velha.

Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, eles são considerados visitantes ilustres, apesar de já terem sido recorrentes. São animais ameaçados de extinção, que, atraídos pelas áreas verdes da Unidade de Conservação (UC), foram vistos nas câmeras instaladas no espaço. Isto é, em julho, o parque contou com a presença de dois tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), além de dois lobos-guará (Chrysocyon brachyurus) que já haviam aparecido ao longo do ano.

A equipe do Parque Estadual de Vila Velha considera a ida dos animais para lá como um ponto positivo. Pois, isso demonstra que o propósito de preservação ambiental do espaço está sendo cumprido. O Instituto Água e Terra (IAT) surpreendeu-se com a aparição dos tamanduás, segundo eles, a última vez que viram a espécie na UC foi há 40 anos.

“O último registro que tivemos da espécie foi em 1982, quando um foi encontrado atropelado na rodovia que cruza a UC. Consideramos inclusive que o animal estava extinto na região quando elaboramos o plano de manejo do parque. Por isso, a aparição dos tamanduás é algo fantástico, é um sinal de que as ações de conservação que fazemos na região estão facilitando o seu retorno, deles”, disse o técnico responsável pelo parque, Juarez Baskoski.

Ações realizadas no parque tem relação com a volta desses animais ameaçados de extinção

Entre as ações realizadas no parque, está a remoção manual ou por queimadas controladas do pinus desde 2022. Já que ela é considerada uma planta exótica e invasora que prejudica o desenvolvimento de plantas nativas dentro do parque. Em junho, o programa alcançou a marca de 2.560 hectares limpos da UC, totalizando 80% da área do parque.

Foto: Governo do Estado do Paraná | Reprodução

Imagens foram registradas através das câmeras automáticas

O promotor do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), do Ministério Público do Paraná, Fábio Grade, também destaca que a instalação das câmeras automáticas no Parque tem relação com o trabalho do grupo.

“Passamos a encontrar pegadas de animais em áreas onde o pinus já tinha sido removido. Então começamos a instalar essas câmeras para identificar quais eram esses animais que voltaram a ocupar essas áreas depois da limpeza, até como forma de ajudar com a conscientização do nosso trabalho”, afirma.

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