Ações miram coibir a pesca predatória de espécies ameaçadas.
Um conjunto de operações liderado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu cerca de 4,7 toneladas de pescado ilegal, com o objetivo de combater a pesca irregular e predatória, visando proteger recursos pesqueiros e espécies ameaçadas.
As operações “Makaira,” “Mar Territorial” e “Miragaia V,” realizadas em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Ambiental do Rio Grande do Sul, tinham como alvo embarcações que burlavam o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS). O programa é de participação obrigatória para embarcações com Arqueação Bruta (AB) igual ou superior a 50 ou com comprimento total igual ou superior a 15 metros.
As ações ocorreram nas cidades de Rio Grande e São José do Norte, na região sul do estado, onde há uma intensa atividade pesqueira na zona costeira e na Lagoa dos Patos. As operações resultaram em multas que totalizam aproximadamente R$ 300 mil. Três embarcações tiveram as atividades suspensas, e foram apreendidos mais de mil metros de redes de pesca.
Por meio de operações em zonas proibidas, embarcações sem permissão capturaram ilegalmente espécies ameaçadas, causando danos à biodiversidade. Durante as inspeções, foram apreendidos 2.138 kg de tubarão-azul (Prionace glauca), uma espécie ameaçada de extinção, além de 1.965 kg de atum (Thunnus alalunga).
O pescado apreendido passou por inspeção da vigilância sanitária e foi doado ao Programa Mesa Brasil do Serviço Social do Comércio (Sesc), que distribui alimentos a mais de 100 entidades no Rio Grande do Sul.
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