Localizado em Sapucaia do Sul, o Parque Zoológico pode ser integrado a um grupo de grandes empresários experientes em conservação ambiental e conhecimento na área de educação ambiental.
O zoológico foi inaugurado em 1962 e está localizado na estrada BR-116, a 20 km da capital, Porto Alegre. Com 160 hectares de reserva natural, o parque abriga mais de mil animais de aproximadamente 150 espécies de todas as partes do mundo. Para manter o conforto dos animais, o zoo procura aproximar seus espaços com o local de origem do animal mantido.
Considerado um dos maiores parques ambientais da América do Sul, e tido como referência nacional pelo IBAMA, o zoológico também atua desenvolvendo projetos científicos, preservando a fauna e reproduzindo espécies nativas ameaçadas de extinção. Com 620 hectares de Reserva Florestal, possui um grande valor ecológico para a região metropolitana de Porto Alegre. O espaço que ainda hoje, é considerado uma atração popular da cidade e região, recebe cerca de 500 mil visitantes por ano.
Considerado referência no estado, o Zoológico passou por administrações que desenvolveram a dinâmica de conservação e cuidado ambiental. Mas acabou deixando de ser atrativo e, com o tempo, tendo cada vez menos visitantes. Isso resultou em um período de dificuldade para o espaço, tendo que contar com parcerias de outros órgãos para manter a alimentação dos animais mantidos lá.
Procurada em 2018, a Federação das Entidades de Ornitofilia do Estado do Rio Grande do Sul (FEORS) teve contato com um órgão ambiental que solicitou ajuda da instituição. Naquele momento, o zoológico tinha sido considerado extinto, com a baixa do CNPJ do empreendimento realizada pela entidade governamental do estado. Na ocasião, o presidente da federação entrou em contato com órgãos e entidades que conhecia e arrecadou meia tonelada de sementes e comidas extrusadas, utilizadas principalmente na alimentação dos macacos.
Desde então, muitos dos animais conhecidos e considerados atrativos para o zoológico foram a óbito, como o casal de leões Honda e Jerônimo, a elefanta Pink e outros diversos tigres e onças que passaram pelo local. Todas essas perdas, acabam levando o espaço à falência.
Em 2019, o governo do estado lançou um edital para a licitação empresas com interesse em assumir a administração do Parque, mas não obteve nenhuma proposta. Acredita-se que a causa da ausência de interessados seja o valor elevado que estava previsto um mínimo de R$ 59 milhões.
Dois anos após a primeira tentativa, houve um novo edital, prevendo a gestão, operação, manutenção e ampliação do zoo por um período de 30 anos. O edital também previa a modernização do espaço, possibilitando ao novo administrador oferecer outros serviços à parte, da entrada, como passeios em mini-trens, safáris, mini-fazendas, entre outros. Porém, desta vez, o investimento obrigatório estimado passou a ser de R$ 25,5 milhões nos dois primeiros anos após a assinatura do contrato, podendo ultrapassar o valor de R$ 70 milhões.
Atualmente, a FIC obteve a informação de que empresários do ramo de conservação ambiental teriam o interessem em adquirir o Parque Zoológico. Segundo o Sr. Nelson Arrué, ele teria sido procurado por grupo de empresários conhecidos na área do meio ambiente, o mesmo disse que fez contato com o chefe da casa civil Arthur Lemos e a Secretário Marjorie Kauffmamm, mas que até o momento ninguém se manifestou sobre o assunto.