Além de tráfico de animais, a dupla é investigada por maus tratos e receptação qualificada dos canários-da-terra. Pena pode variar entre 4,5 a 13 anos.
Após prisão em flagrante realizada pela Polícia Federal, no domingo (4), de duas pessoas portando 500 canários-da-terra, a Justiça decretou, nesta segunda-feira (5), suas prisões preventivas.
Os animais estavam escondidos em malas que seriam despachadas no aeroporto internacional de Boa Vista. A PF ainda investiga a origem, o destino e a finalidade que os traficantes dariam aos pássaros.
A dupla presa no aeroporto foi autuada em flagrante pelos crimes de tráfico de animais silvestres, maus tratos e receptação qualificada. A última é por tentarem esconder coisa que sabe ser produto de crime (no caso, os pássaros).
Em trecho da decisão de juiz, a prisão em flagrante foi convertida para prisão preventiva. “Homologo o auto de prisão em flagrante e converto em prisão preventiva dos flagrantes a fim de garantir a ordem pública, prevenir a reiteração criminosa e assegurar a aplicação da lei penal”, confirma decisão.
Em menos de dois meses, a PF já apreendeu mais de 1.400, apenas da espécie canário-da-terra, no aeroporto de Boa Vista. Em outras duas ações, já haviam sido flagrados um passageiro com 400 aves e outro também com 500. O canário-da-terra é uma das espécies silvestres mais traficadas no Brasil. E, geralmente, são vendidos para rinhas.
Todos os pássaros foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) da região. A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente da Polícia Federal.