Governo de São Paulo explica motivo de fechar unidades de conservação durante queimadas

Governo de São Paulo explica motivo de fechar unidades de conservação durante queimadas
Foto: Governo do Estado - SP | Reprodução

Segundo a agência de comunicação do estado de São Paulo, o objetivo seria proteger a população local e liberar o corpo de funcionários para monitorar o perímetro das UCs.

No dia primeiro deste mês, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do estado de São Paulo, anunciou o fechamento de 80 Unidades de Conservação estaduais (UC). A decisão teria sido tomada em resposta ao crescente risco de fogos causando incêndios florestais, o que colocaria em perigo tanto os visitantes quanto as áreas de preservação.

Nesta quarta-feira (4), a agência de comunicação do estado emitiu um anúncio com informações dadas pelo subsecretário de Meio Ambiente da Semil, Jônatas Trindade, explicando o motivo da tomada dessa decisão.

“A importância de fechar os parques é para que possamos envolver toda a equipe de campo no monitoramento do perímetro das unidades. Assim, em eventuais incêndios nesse perímetro, conseguimos identificar de forma rápida e dar uma pronta resposta”, aponta.

O fechamento entrou em vigor no último domingo (1) e seguirá até 12 de setembro, podendo ser amplicado de acordo com as condições locais e os riscos associados.

Compromisso com ampliação no monitoramento nas Unidades de Conservação

Atualmente, o monitoramento dos focos é feito tanto por via terrestre como por drones. “As equipes ficam circulando no entorno das unidades, que são grandes, com focos naquelas de maior risco. Além disso, são acompanhadas pelos brigadistas contratados e bombeiros civis, para fazer, além do trabalho preventivo, o ataque aos incêndios identificados”, afirma Trindade.

Porém, já na segunda-feira (2), a Fundação Florestal assinou um aditivo de contrato disponibilizando mais 15 equipes de campo de bombeiros civis para atuar nas unidades, que se somam às 19 equipes já existentes.

“Para esse incremento, fizemos a avaliação com alguns critérios: a sensibilidade ambiental da área, a fragilidade ou a maior incidência de incêndios no território, o tamanho e a importância biológica das unidades”, relata o subsecretário. Além disso, equipes que ficam no litoral, onde há menor tendência de incêndios, foram deslocadas para também fazer o atendimento nas regiões mais sensíveis.

Previsão para os próximos dias

A situação das queimadas no estado de São Paulo se agravou entre 2 de agosto e 3 de setembro, período em que 245 municípios foram atingidos pela incidência de fogo, 48 deles em alerta máximo. Além disso, a estiagem ainda persiste no estado fazendo de setembro um mês crítico e propiciando piora no cenário dos incêndios.

De acordo com a meteorologista da Defesa Civil Desiree Brant, a previsão pelo menos para os primeiros 20 dias de setembro é de tempo seco. Uma massa de ar seco deve impedir a chuva, favorecer temperaturas elevadas, reduzir a umidade do solo e aumentar o risco de fogo.

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