Secas nesses rios geram prejuízos em todas as áreas para todo o estado.
Dos nove rios que banham Rondônia, cinco registraram mínimas abaixo da média no comparativo entre os dois anos anteriores. É o que mostra o relatório feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), o governo do estado monitora a situação constantemente. O documento é obra de um acompanhamento em conjunto entre governo estadual e federal, realizado semanalmente, para desenvolver ações que mitiguem os efeitos da seca, que pode ser ainda mais intensa, segundo os órgãos.
O comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO), coronel Nivaldo de Azevedo, coordena o Comitê de Crise Hídrica. Ao comentar sobre o assunto, reiterou sobre a seca intensa e os problemas que pode causar. “Não choveu o suficiente para encher os mananciais e os lençóis freáticos. Esse fator, somado ao fato de que a seca do ano passado também foi forte, gerou uma seca mais intensa em 2024. Estamos fazendo o monitoramento periódico e buscando soluções para garantir o fornecimento de água, mas o problema é real e precisamos da colaboração de todos.”
A ocorrência do El Niño indica escassez de água em toda a região Norte do país. O fenômeno é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. Entre os prejuízos vistos a curto prazo, o transporte nos rios é dificultado, levando mais tempo e levando cargas menores explica o diretor de fiscalizações e operações dos Portos Organizados de Porto Velho, Alfredo Myamura.
Momento de união
O Coronel Nivaldo, comandante do CBMRO acredita que é um momento de união para a população. “Municípios, estado, órgãos de fiscalização e controle, União, todos estão engajados no processo. As pessoas também precisam colaborar utilizando água de forma consciente, sabendo que estamos enfrentando um momento difícil em se tratando de recursos hídricos”, enfatizou.