O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) comunicou o encerramento do foco da Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul na noite de quinta-feira (25). A comunicação foi feita por um relatório encaminhado para a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Segundo o órgão gaúcho, o documento informa à OMSA os passos conduzidos pelo Serviço Veterinário Oficial nas áreas de perifoco, raio de três quilômetros a partir do foco da doença, além do raio de vigilância de dez quilômetros do foco e seu resultado, que apesar do esforço, não identificou nenhum animal com sinais clínicos compatíveis com a Doença de Newcastle.
“A notificação à OMSA foi possível depois de duas medidas: a finalização da desinfecção da propriedade positiva e o avanço da vigilância no raio de três e dez quilômetros, ações conduzidas pela Secretaria. O cenário que encontramos lá deu a segurança técnica para essa tomada de decisão”, destaca a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.
Serviço Veterinário Oficial conclui vigilância ativa
A Secretaria de Agricultura completou, ainda nesta sexta-feira (26), as visitas a todas as propriedades com animais possíveis de alvo da doença dentro do raio de dez quilômetros a partir do foco.
“Ontem finalizamos as revistorias dentro da área de perifoco. A partir de sábado, iniciaremos revisitações a granjas comerciais na zona de vigilância e uma terceira visita a granjas comerciais na zona perifocal”, detalha o diretor-adjunto do DDA/Seapi, Francisco Lopes.
O órgão informa que, a partir das 19h dessa sexta, serão mantidas três barreiras sanitárias ininterruptas, em dois pontos dentro do raio de três quilômetros da zona de vigilância.
Pasta encerra desifecção
Tratada como etapa importante na contenção do foco e, também, na comunicação de seu encerramento, a desinfecção completa da granja comercial que apresentou o teste positivo para a Doença de Newcastle, em Anta Gorda, foi concluída nesta quinta-feira pela Seapi.
“No dia seguinte (da confirmação da doença), 19 de julho, o processo de desinfecção da granja teve início, com a remoção da cama do aviário, resíduos de composteiras e limpeza e desinfecção meticulosa geral do estabelecimento, que se encerrou no dia 25 de julho”, conta Francisco.
O diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Marcelo Mota, informou que a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA), para movimentação de animais sem risco sanitário e venda comercial, segue centralizada pelo Centro de Operações de Emergência Zoossanitária.
Exportações retomam normalidade
Para China, Argentina e México, as restrições de exportação seguem para todo o Brasil. Já para o Rio Grande do Sul, apenas Arábia Saudita, Bolívia, Chile, Cuba, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.
Para os protocolos sanitários, baseados em zona de restrição ou raio afetado, estão países como África do Sul, Albânia, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã.
“Com o fim do foco da doença disponibilizaremos aos países todas as informações sobre o diagnóstico atual e as medidas adotadas. Isso permitirá que eles (OMSA) analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação”, relata o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.
O Mapa ressalta que as regras de suspensão são revisadas diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco.