IBAMA informa resultado de condicionante do licenciamento ambiental

Créditos: Banco de imagens/MRN

Segundo o órgão, CETAS mantido por mineradora já reabilitou mais de 1.300 animais.

 

O projeto de Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) mantido pela Mineração Rio do Norte (MRN) é uma das medidas mitigadoras realizada a partir do Licenciamento Ambiental Federal para empreendimentos causadores de impacto ambiental. Há mais de 12 anos atuando na reabilitação de animais, o centro informou na última sexta-feira (12) o resultado de mais de 1.300 animais silvestres retornando a natureza. O trabalho é realizado pela Mineração Rio Norte devido a sua função de exploração de bauxita na Floresta Nacional (Flona) Sacará-Taquera, em Porto Trombetas no Pará.

Segundo o órgão, a instalação e operação de alguns projetos potencialmente poluidores licenciados pelo IBAMA acarretam em prejuízos à fauna local. Dependendo da região da implementação do empreendimento e do grau de impacto na fauna e flora, a falta de auxílio, principalmente por parte de um CETAS nas proximidades, pode prejudicar ao ambiente. Como uma forma de reduzir os impactos, o Instituto determinou que um grupo de empreendedores estabeleçam, dentro de seus projetos, a criação, manutenção ou suporte financeiro aos centros para realizarem trabalhos no ambiente impactado. Em se tratando do caso da MRN, uma das condições foi a criação do CETAS na região.

Das atividades do CETAS

O Centro de Triagem de Animais Silvestres, por determinação, é atuar no processo de recebimento de animais para tratamento, por cidadãos ou pessoal especializado, como veterinários,  ou biólogos, além de receber animais de apreensões realizadas em operações e entregas voluntárias . A partir dai, tratando o animal pensando em seu retorno à vida livre. Informado pelo IBAMA, cerca de 66% dos animais recebidos no CETAS da MRN tiveram condições de retorno a seu habitat, enquanto 22% foram encaminhados a instituições de pesquisa (materiais biológicos no caso de óbitos) e 12% encaminhados ao zoológico Zoounama de Santarém, no Pará.

A equipe médica do CETAS da MRN também atua no resgate de animais da Floresta Nacional que possam, ou não, ser impactados pelas atividades da mina, como no caso de supressão de vegetação na região, informa o órgão. O trabalho dos servidores consiste em atendimento clínico, identificação de patologias, reintegração aos hábitos selvagens, além de executar ações de educação ambiental e capacitação para manejo de fauna voltadas à comunidade.

Um case relatado pelo CETAS da MRN, em que a equipe veterinária resgatou uma preguiça-de-três-dedos (Bradypus tridactylus) e ao examiná-la, perceberam que o animais precisaria passar por cirurgia. O espécime, então, passou três dias internado até receber alta e ser considerado apto para retornar à natureza. A Analista Ambiental da Coordenação de Licenciamento Ambiental de Mineração e Pesquisa Sísmica Terrestre, Anna Mendo, explicou: “o tratamento deve ser concluído no menor tempo possível para evitar a perda do comportamento selvagem”.

Reprodução: IBAMA

 

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